
Em uma imersão que ultrapassou o sentido figurado, os estagiários da ADESG-AL conheceram de perto a rotina e os desafios da unidade de Mergulhadores Escafandristas (EK) da Marinha do Brasil. A visita técnica revelou mais do que táticas operacionais: proporcionou uma verdadeira aula sobre planejamento estratégico, capacidade de resposta em emergências e a preparação física e mental exigida para atuar em ambientes hostis.
A FORMAÇÃO TÉCNICA DOS MERGULHADORES ESCAFANDRISTAS:
EXIGÊNCIA, RISCOS E EXCELÊNCIA

Os Mergulhadores Escafandristas da Marinha do Brasil representam uma especialidade de elevada complexidade técnica e operacional. A formação é composta por módulos que abrangem desde Mergulho Autônomo e Dependente, até atividades como corte e solda subaquática, natação de resgate e mergulho técnico e saturado. O curso é exigente e com uma taxa média de reprovação que varia entre 40% e 50%, refletindo o alto grau de preparo necessário.
Segundo o Capitão de Fragata Carvalho, que conduziu a visita, “o curso de mergulho não é um curso de natação; é um processo técnico, voltado para operações de risco, em que se exige muito mais que resistência física — exige-se controle emocional, raciocínio sob pressão e capacidade de operar em situações críticas.”
A qualificação contínua dos escafandristas, aliada à expertise acumulada em missões como a Operação Antártica (OPERANTAR) e a atuação recente nas buscas por vítimas da queda da ponte em Estreito (MA/TO), destaca o papel vital dessa força submersa nas operações da Marinha.
O IMPACTO DA VISITA DA ADESG ALAGOAS NA FORMAÇÃO
ESTRATÉGICA DOS ESTAGIÁRIOS

Para os estagiários da ADESG-AL, a visita não foi apenas uma oportunidade de conhecer uma unidade militar: foi um mergulho profundo no conceito de capacidade estratégica aplicada no terreno. Ao presenciar a realidade dos Mergulhadores Escafandristas, os alunos puderam vivenciar uma demonstração prática de valores como liderança sob estresse, resiliência organizacional e tomada de decisão em tempo crítico.
Os relatos sobre as experiências em missões reais trouxeram à tona discussões valiosas sobre gestão de riscos, interoperabilidade entre forças e adaptação às incertezas, temas cada vez mais presentes no ambiente de Defesa contemporâneo. A vivência despertou nos estagiários uma nova percepção sobre a importância da prontidão operacional e da estruturação logística em ambientes de crise.
Como exercício de formação, a visita se mostrou um vetor de ampliação da visão estratégica e doutrinária, fortalecendo os vínculos entre o meio acadêmico, a sociedade civil e as Forças Armadas.
A IMPORTÂNCIA DOS MERGULADORES ESCAFANDRISTAS NAS
OPERAÇÕES NAVAIS BRASILEIRAS

