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O CAOS EM MANAUS E AS MEDIDAS DE MOBILIZAÇÃO NACIONAL

O CAOS EM MANAUS E AS MEDIDAS DE MOBILIZAÇÃO NACIONAL

Estamos vivendo uma pandemia em que as medidas de gestão são de Mobilização Nacional, sem a decretação do Sistema Nacional de Mobilização (SINAMOB). Isso não importa. O que importa é o ato de mitigar o problema figurante.

Mobilização Nacional define-se como “o conjunto de atividades planejadas, orientadas e empreendidas pelo Estado, complementando a Logística Nacional, destinadas a capacitar o País a realizar ações estratégicas, no campo da Defesa Nacional, diante de agressão estrangeira” (Lei nº 11.631, de 27 dez 2007).  É diferente de Logística, pois esta suporta uma operação pré planejada, que irá acontecer, havendo tempo do preparo nas intervenções administrativas. Segundo a Escola Superior de Guerra (ESG), Logística Nacional é “o conjunto de atividades relativas à previsão e à provisão dos recursos necessários à realização das ações planejadas para a consecução da Estratégia Nacional”.

A falta de oxigênio em Manaus foi algo inusitado, vindo a público no dia 11 de janeiro. Não se vai aqui discutir os preâmbulos da omissão do gerenciamento prévio que redundou na falha da Logística regular, como por exemplo, a negligência do uso de algoritmos, com marcadores de pontos controladores de estoques. Essa indiferença implicou em um fato que ocorreu de forma surpreendente, havendo necessidade em adotar medidas de Mobilização, pois esta, segundo a Lei 11.631, de 27 dez 2007, complementa a Logística.

Logo, não há como, nesse momento, culpar quem quer que seja. Há que se unir todas as forças vivas da Nação, para regularizar os novos níveis de aprovisionamento de oxigênio medicinal, visando atender a emergente demanda, surgida, agora, com a nova cepa.

Para tal, o Executivo e o Governo Estadual estão envidando esforços na busca da solução. Os detratores nacionais, que nada conhecem do assunto, apedrejam quem está tentando resolver a crise.

Medidas como o reescalonamento de aeronaves militares e civis, a operação de embarcações fluviais e veículos rodoviários, em intenso transporte do oxigênio, para o Norte do País acontece, primordialmente de forma célere. As plantas da White Martins, Carbox e Nitron, tanto na região Norte, como nas regiões Sudeste e Sul produzem volumes em elevada escala, buscando atender ao consumo diário, tudo em sintonia com os Governos Federal e Estadual. As Forças Armadas, como sempre se vê, dão suas patrióticas contribuições. Foram oito tripulações operando aeronaves cargueiras, durante vinte e quatro horas, militares de saúde no hospital de campanha atendendo ao público em geral, enfim, verdadeiro esforço de guerra coordenado e integrado entre o estamento militar e segmento da sociedade civil.

Com a chegada de 70 metros cúbicos de oxigênio, vindo por via terrestre, outros mais em embarcações fluviais oriundas de Belém e ainda por meio aéreo, com aeronaves da FAB e da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, o colapso de oxigênio acabou. Daqui para frente, o ressuprimento daquele gás vai se normalizar, tendo que recalcular os níveis de estoque, trabalho, neste instante, exclusivo da Logística.

Na verdade, essa é a nova guerra, e o Poder Público está fazendo seu dever de casa, diante desse fortuito evento. A guerra de quinta geração ou híbrida se estabelece desta forma, em que as circunstâncias e fatos eclodem extemporaneamente, acometendo a todos de forma imprevista, procurando deixar o opositor sem a mínima chance de reação. Está-se vivendo um confronto de informações, dentro dos conceitos da Mobilização na Expressão Psicossocial do Poder. Mobilização Psicossocial requer domínio da Inteligência Emocional, expertise que o Governo tem que incorporar nas suas refutações, diante das armadilhas arquitetadas nas redações dos grandes grupos de comunicação.

O inimigo dessa conflagração não é o vírus, não é a escassez de insumo hospitalar, nem tão pouco a falta de oxigênio. O Governo se defronta com um oponente muito pior: trata-se da oposição partidária, da velha mídia comprometida, de algumas instituições do País, enfim, do sistema. É a tática do cavalo de Tróia subvertendo as boas práticas da gestão. É o inimigo interno tentando, desesperadamente, desestabilizar a ordem institucional. Em suma, é o mecanismo desbancando quem sabe fazer e bem Logística de Guerra (Mobilização), ou seja, o Ministério da Saúde e o Ministério da Defesa. Para a tranquilidade ou desespero dos profetas do Apocalipse, os profissionais daqueles Ministérios, à frente dessa crise, são altamente competentes. Conheço-os e sei que estão dando a resposta que o povo manauara e brasileiro espera, aumentando a confiança nas ações governamentais. Hoje, o fluxo e o escoamento de oxigênio, em Manaus e municípios do Estado, regularizou, mas com um consumo elevado.

Operações Conjuntas, de Interagência e Integrada é o que o militar sabe fazer bem, e isso será empregado na Campanha Nacional de Vacinação, para tristeza dos detratores do Governo Federal. Podem procurar outras narrativas para sabotagem, na busca da deformação dos fatos, com intuito de confundir a nação e o povo, pois essa, garanto, não lhes vai proporcionar o sucesso almejado. Que o Executivo não permita que os outros dois Poderes metam o bedelho aonde não são chamados, por serem ignorantes em assuntos de Defesa Nacional. Caso isso aconteça, notifique-os de forma dura e sensata, dentro da lei. O povo quer ver o Poder Central trabalhar, com autonomia e competência, em benefício de todos.

Finalizo essas considerações deixando cravado, nessa lavra, o dístico tão pronunciado por nossos instrutores do passado:

MOBILIZAÇÃO NACIONAL, SEGURO DE VIDA DA NAÇÃO

ANTONIO CELENTE VIDEIRA