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ADESG ALAGOAS PALESTRA DO DEPUTADO INÁCIO LOIOLA DESTACANDO A IMPORTÂNCIA DO RIO SÃO FRANCISCO PARA ALAGOAS

ADESG ALAGOAS PALESTRA DO DEPUTADO INÁCIO LOIOLA DESTACANDO A IMPORTÂNCIA DO RIO SÃO FRANCISCO PARA ALAGOAS


Estagiários da ADESG-AL e o Deputado Inácio Loiola – Foto: Dep. Inácio Loiola

Em uma palestra repleta de história e dados relevantes, o Deputado Inácio Loiola ressaltou aos estagiários da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG-AL) a importância vital do Rio São Francisco para a economia de Alagoas. Com um tom emocionado, ele lembrou que o “Velho Chico” não só abastece cidades e promove a agricultura, mas também é uma fonte crucial de energia e turismo. Contudo, ele alertou para a necessidade urgente de preservação, destacando que a degradação do rio pode trazer graves consequências para o estado e toda a região Nordeste.

O Rio São Francisco desempenha um papel essencial no desenvolvimento econômico de Alagoas, sendo responsável pelo abastecimento de água de diversas cidades, desde o Sertão até o Agreste. Municípios como Pão de Açúcar, Traipu, São Brás e Arapiraca dependem das águas do “Velho Chico” para garantir o consumo humano e para a agricultura, que é uma das bases econômicas da região.

Além do abastecimento, o rio é fundamental para a irrigação de plantações e para o sucesso de projetos agrícolas. Áreas ribeirinhas têm se beneficiado dos projetos de irrigação que permitem a produção de alimentos e contribuem para a geração de empregos. A força do Rio São Francisco também é aproveitada na geração de energia, com hidrelétricas como Xingó e Moxotó, que abastecem não só Alagoas, mas toda a região Nordeste. Segundo Inácio Loiola, o impacto dessas estruturas vai além da economia direta, ao garantir a segurança energética e apoiar o desenvolvimento industrial.

Desafios Ambientais e Necessidade de Preservação

Apesar de toda a sua importância, o Rio São Francisco enfrenta desafios graves. A degradação ambiental ao longo de seu curso, a poluição, a redução da vazão e o assoreamento são problemas que colocam em risco a continuidade dos benefícios que ele proporciona. Durante sua palestra, o Deputado Inácio Loiola fez uma crítica enfática à transposição do rio, classificando o projeto como “criminoso” devido à sua execução sem o devido cuidado com a revitalização do São
Francisco. “Um rio que está na UTI não pode ser um doador de sangue”, declarou, ressaltando que antes de qualquer transferência de águas, é necessário investir na recuperação ecológica do rio.

Loiola defendeu ações urgentes de reflorestamento das matas ciliares, tratamento de esgotos e fiscalização do uso de defensivos agrícolas, especialmente nas áreas de irrigação que acabam por despejar resíduos no rio. Ele destacou ainda que a revitalização deve focar também na recuperação dos afluentes, fundamentais para manter o nível de vazão do São Francisco e garantir a sustentabilidade da região a longo prazo. “O problema do São Francisco não é técnico, é político”, afirmou, apontando a necessidade de um esforço coletivo para salvar o rio.

Turismo, Cultura e História: Patrimônio do São Francisco

O Rio São Francisco é mais do que um recurso econômico; ele é parte da história e da cultura de Alagoas. Desde a época colonial, o “Velho Chico” tem sido uma rota de navegação e comércio, e até hoje carrega consigo tradições que enriquecem o patrimônio cultural do estado. Cidades como Piranhas são um exemplo de como o rio pode alavancar o turismo e se transformar em um polo de atração nacional. Declarada Patrimônio Histórico e Paisagístico Nacional, Piranhas já foi vista como uma cidade castigada, mas hoje é um dos destinos turísticos mais bem-sucedidos do Nordeste, impulsionada pela proximidade com a hidrelétrica de Xingó e pelas paisagens exuberantes do rio.

Outro aspecto relevante é a piscicultura. Cidades ribeirinhas, especialmente Piranhas, destacam-se na produção de tilápia, que já alcança centenas de toneladas mensais, abastecendo mercados por todo o Nordeste. Essa atividade garante a subsistência de muitas famílias e é uma alternativa econômica sustentável que reforça a importância de preservar o rio.

Por fim, o Deputado lembrou que o São Francisco é um “paciente na UTI”, mas que ainda há esperança de recuperá-lo. Ele apelou para que as comunidades, governantes e a sociedade como um todo compreendam a importância do rio para a vida e a economia de Alagoas. “Se perdermos o São Francisco, perderemos nossa história, nossa cultura e nosso futuro”, concluiu emocionado, reforçando o apelo por políticas públicas eficientes e ações imediatas para salvar o “Velho Chico”.